sexta-feira, 27 de maio de 2011

No Surprises - Radiohead

9 comentários:

  1. Belíssima música.. sensação limítrofe.

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  3. Fantástico Manu!
    Pra continuar deixando a arte traduzir, um pouco do Molejo Dialético de Ferreira Gullar e Paulinho da Viola:
    http://www.youtube.com/watch?v=8bl_Ivz-DoA

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  4. Uma parte fantástica do manifesto surrealista de Breton que traduz bastante da minha impressão sobre a história da loucura :D
    O grifo é meu.

    REDUZIR a imaginação à servidão, fosse mesmo o caso de ganhar o que vulgarmente se chama a felicidade, é REJEITAR o que haja, no fundo de si, de suprema JUSTIÇA. Só a imaginação me dá contas do que pode ser, e é bastante para suspender por um instante a INTERDIÇÃO terrível; é bastante também para que eu me entregue a ela, sem receio de me enganar ( como se fosse possível enganar-se mais ainda ). Onde começa ela a ficar NOCIVA, e onde se detém a confiança do espírito? Para o espírito, a possibilidade de errar não é, antes, a contingência do bem?

    Fica a loucura."a loucura que é encarcerada", como já se disse bem. Essa ou a outra.. Todos sabem, com efeito, que os loucos não devem sua internação senão a um reduzido número de atos legalmente repreensíveis, e que, não houvesse estes atos, sua LIBERDADE ( o que se vê de sua liberdade ) não poderia ser ameaçada. Que eles sejam, numa certa medida, vítimas de sua imaginação, concordo com isso, no sentido de que ela os impele à inobservância de certas REGRAS, fora das quais o gênero se sente visado, o que cada um é pago para saber. Mas a profunda indiferença de que dão provas em relação às críticas que lhe fazemos, até mesmo quanto aos CASTIGOS que lhes são impostos, permite supor que eles colhem grande reconforto em sua imaginação e APRECIAM SEU DELÍRIO o bastante para suportar que só para eles seja válido. E, de fato, alucinações, ilusões, etc. são fonte de gozo nada desprezível. A mais bem ordenada sensualidade encontra aí sua parte, e eu sei que passaria muitas noites a amansar essa mão bonita nas últimas páginas do livro. A Inteligência de Taine, se dedica a singulares malefícios. As confidências dos loucos, passaria minha vida a provoca-las. São pessoas de escrupulosa honestidade, cuja inocência só tem a minha como igual. Foi preciso Colombo partir com loucos para descobrir a América. E vejam como essa loucura cresceu, e durou.

    Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação.

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  5. Aline, muito legal a indicação de música. Dá o que pensar... Li as palavras de Breton ouvindo o Paulinho da Viola, combinação que se mostrou bastante interessante. O pensar sobre a vida, assim como o sentir a vida enquanto realidade complexa, exige vasta imaginação - requer um compromisso com esse deixar-se levar da fantasia. Sem imaginação seria possível acreditar que a vida é uma equação e, por isso, passível de solução, hehehe...

    Abs,

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  6. Sim! Essa racionalidade ordenada que teme, não deliberadamente, a "loucura" procura "equacionar" a vida, limitá-la...
    Ah, mas a imaginação não deixa! Para nossa sorte ela está sempre aí, fluindo...
    A vida impele ao exercício de não se deixar aprisionar, porque "não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação"... :D
    Abs.

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  7. Dá pra sentir a agonia e o alívio do Yorke

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  8. Cheguei um pouco atrasado mas eu amo essa música...

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  9. Sou fã recente do Radiohead, pois demorei algum tempo para me aprofundar no trabalho da banda. Tenho me empenhado em conhecer melhor as músicas e cada vez mais tenho me admirado com a intensidade criativa na composição das músicas,clipes, shows, manifestações sobre indústria cultural, capas dos discos, lançamentos das músicas, etc. É uma banda sempre surpreendente. Tenho uma admiração especial por esta música principalmente pela sensação de limite que ela passa.

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